15 de jan. de 2014

Monumento: Busto de Nunes Machado

JOAQUIM NUNES MACHADO


    Nasceu Nunes Machado no dia 15 de agosto, à Rua 15 de novembro (antiga Rua do Meio) no 02 em Goiana, filho legítimo de Bernardo José Fernandes de Sá e Margarida de Jesus Nunes Machado, ricos proprietários de terra naquela vila, foi uma criança saudável e alegre.




A casa onde ele morava foi abaixo apesar do protesto do povo. Ali existe uma placa alusiva ao fato. Em virtude da resolução do Conselho da Província de 20/5/1833, que dividiu Pernambuco em 9 comarcas, Goiana foi uma delas e, em 1834 teve o seu 1º juiz de direito Dr. Joaquim Nunes Machado.

Defendeu os sentimentos autonomistas de PE. De espírito revolucionário, o Desembargador Joaquim Nunes Machado foi um dos chefes da Revolução Praieira. Em 2 de fevereiro de 1849, as colunas liberais partem para um combate definitivo no Recife e atacam ao mesmo tempo os bairros de Santo Antônio, Recife e Boa Vista, obtendo êxito nos dois primeiros e encontrando sérias dificuldades em tomar a Boa Vista, em face da resistência tenaz oferecida pelas tropas estacionadas no quartel ali situado.

Nunes Machado, sabedor do prestígio com que era destacado pelos revoltosos e querendo incutir ânimo aos rebeldes, resolve expor-se e dirigir o assalto ao quartel. Mas, ao sair da casa fronteira ao quartel para observar melhor o inimigo, recebe um balaço na região temporal direita que lhe causou morte instantânea. Nunes Machado foi assassinado com uma bala na cabeça, vindo de seus adversários, à Rua da Soledade, no Recife, onde outrora funcionava a fábrica “Fratelli Vita” no dia 02 de fevereiro.

Neste mesmo ano Goiana é invadida e tomada pelos governistas liberais a mando de Pedro Ivo. Rebeldes invadiram Goiana, soltaram os presos, quebraram móveis na Câmara, retiraram todos os documentos que existiam na então Câmara Municipal, fizeram deles uma grande fogueira, diante de sua sede, e atearam fogo e praticaram outras desordens. Grande era o entusiasmo do povo goianense pela causa republicana. Certa vez Invadiram o Paço Municipal e jogaram na rua o busto do Imperador, que se fez em pedaços.

Admiradores do grande cidadão Nunes Machado, vinte e cinco anos depois da sua morte, prestaram-lhe uma homenagem aos 2 de fevereiro de 1874, assinalando o lugar em que seu corpo jazeu insepulto durante 24 horas, na Capela de Belém. Para tanto, mandaram confeccionar uma lápide com a seguinte inscrição: “No chão que defronta esta lápide foi depositado, aos 2 de fevereiro de 1849 o cadáver do grande pernambucano que não pôde ter sepultura por mão amiga e, no dia seguinte violentadas as portas desta capela, foi conduzido como troféu de vitória para a cidade do Recife e depois de ostentosa vitória, entregue aos religiosos franciscanos.“

Nunes Machado morreu defendendo seus ideais e transformou-se numa lenda para o povo que o adorava. Seu retrato foi reproduzido aos milhares e enfeitava as casas dos menos favorecidos. Sua morte foi chorada e realmente sentida por onde quer que esse gigante da liberdade pernambucano tenha passado.

Fonte: https://pt.scribd.com/doc/32397693/historia-de-goiana

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